terça-feira, 8 de setembro de 2009

Pseudo pessoas

"Frases felizes... Frases encantadas...
Ó festa dos ouvidos!
Sempre há tolices muito bem ornadas...
Como há pacovios bem vestidos."
Mário Quintana; Espelho Mágico, 1945

Intelectualoides que entregam os seus dias ao estudo aprofundado de tudo e mais alguma coisa, fazedores de teses sobre os mais variados temas e os esmiuçadores de pormenores têm em mim uma inimiga.



O que fazer com tanto palavreado de difícil entendimento??? Por que carga de água tudo tem que ser visto à lupa cientifica de meia dúzia de entendidos? Aiiiii...



Já alguém deu conta que relações humanas deviam fluir espontaneamente? Que dissecar um poema é tirar-lhe brilho? Que enormes palavras encontram sinónimos noutras com muito menos letras?



Inseguranças escondem-se em "sentenças repletas de vocábulos de elevada complexidade".

Ando a maturar nisto há uns dias, desde que li uns textos de uns cidadãos que andam nos bicos dos pés, todos contentes porque estruturam verdadeiras pérolas gramaticais. Fazem-no para uma restrita minoria. Dizem-se o futuro das nações mas vivem em castelos insuflados a comentários que repelem o comum cidadão.

É preciso saber Ser mais no todo.

2 comentários:

  1. Caro Anónimo, preferia que tivesse um nome, uma qualquer coisa que o identificasse.
    Isto do anonimato é frio e pode ser perverso, muito.

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