sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Caturrices

-Eu não quero ir embora! Eu quero ficar aqui! Eu quero o meu papá! Eu não quero ir contigo!!!!!

...
(O meu cérebro vai aparafusar estas frases e volta já.)

O quê???? Vossa excelência estará porventura a ousar embirrar neste centro comercial?? Isto merece uma resposta típica da mamã. -Não de qualquer mamã.- Esta cena não pode ficar assim, sem humor, nem amor.

-Pois meu caro, eu estou cheia vontade de ir embora! Se gostas tanto de cá estar por que é que não arranjas um emprego cá?! Eu também quero ir ter com o papá, se te despachares, vamos vê-lo já, já! E, para ser sincera, hoje também não me apetecia ter que levar um menino com birra comigo, mas como ainda não sabes qual é o autocarro que se apanha, eu faço esse favor!!!

(Agora precisava de um balãozinho de pensamento da banda desenhada )
...- Não sei se rio, não sei se continuo a fazer esta birra-de-fim-de-dia-que-me-parece-ser-libertadora-de-más-energias-e-frustrações-acumuladas-na-escola. Oh, vou continuar o birredo (neologismo que traduz: uma birra que mete medo). Ups! Os senhores da segurança estão a passar, vou calar-me, bem caladinho.

-Senhor segurança, acho que devia observar este menino, é muito parecido com o meu, é giro e tudo, contudo este vem com defeito: faz muito barulho.
-Eu sou filho dela, eu sou o filho dela! (mais ranho, mais lágrimas, corrida para as pernas da mãe.)

A epopeia arrastou-se por alguns minutos. Deixei-o expressar a frustração de não prolongar a brincadeira. Mas não me esqueci que o meu adorado menino nem sempre pode fazer o que lhe dá na real gana.

Fungadelas no meu colo. Mimo nos caracois suaves. Banho morno com a bicharada aquática.
Está de volta a risota!

Ouvi alguém dizer: paciência de mãe é como pasta de dentes: sempre há mais um bocadinho.

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